...contra idosos
"Os velhos não servem pra nada. São um peso para a família!" "Não tenho paciência com a minha avó!" Frases como essas eram comuns entre os jovens de 13 a 15 anos das turmas de 7ª série da Escola Estadual Juscelino Kubitschek de Oliveira, em Timóteo, região do Vale do Aço de Minas Gerais.
O preconceito contra o idoso está presente nessa sociedade e, com freqüência, é manifestado pela falta de sensibilidade e de solidariedade, numa atitude em que torna depreciativo o destino inevitável de todos nós: sermos testemunhas do tempo.
Envelhecer é o exercício de viver, tanto que nas sociedades orientais é entendido como sabedoria. De forma oposta, no ocidente, é notado pela alteração de algumas funções orgânicas. O próprio adjetivo “velho” nos dicionários figura como: obsoleto, antiquado e gasto pelo uso, mas esquecemos que na linguagem coloquial “meu velho” traduz camaradagem, confiança, amizade e companheirismo – este é o real significado do envelhecimento.
Esse é mais um desafio para a sociedade brasileira. Vejo com otimismo as iniciativas e as campanhas de marketing dirigidas ao cidadão da terceira idade, que denotam a inserção do idoso no prazer de consumir, de seguir moda, de ter produtos voltados às suas necessidades, de ter acesso ao crédito - sem críticas, sem marginalização e com muito respeito.
MAS POR QUÊ?
No Brasil, não respeitamos os mais velhos. Em outras culturas, a idoso é visto como sábio. Aqui na nossa terra, o idoso é visto como iválido, ultrapassado, careta e etc.
Antigamente os idosos recebiam uma atenção melhor de seus filhos. Hoje em dia, os filhos já não têm mais aquele amor, ou pelo menos, afeto pelos idosos.
Nossa cultura valoriza muito a juventude, pelo histórico de país jovem e, sobretudo, por conta dos recentes estudos que apontam o grande potencial de consumo dos adolescentes.